quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Fogos e Florestas

Quem vem do Porto para Braga na autoestrada (A3) fica chocado com a mancha castanha que cobre os montes do Sameiro e da Falperra, em resultado dos grandes fogos do passado domingo, dia 15 de outubro de 2017.

É necessário conservar todos os registos fotográficos que sejam possíveis e preservar, para memória futura, os nefastos efeitos de uma calamidade desta envergadura. E será importante comparar com fotografias das mesmas áreas daqui a cinco anos.

Até agora, tem sido dada uma especial atenção a este grave problema, quer por parte do poder político, quer pela sociedade civil, não só entre nós, como em todo o país.

Ainda ontem, dia 15 de novembro, teve lugar, no Instituto de Ciências Sociais (ICS)da Universidade do Minho, um debate acerca dos incêndios florestais, da gestão do território e da responsabilidade social pelos fogos, contando com a presença de oradores de variadas vertentes do saber.

Esta será uma sessão importante também por nela se apresentar a Licenciatura em Proteção Civil e Gestão do Território, uma das mais recentes licenciaturas da Universidade do Minho, que ficará integrada no departamento de Geografia do ICS desta instituição de ensino.

Todos estes contributos são importantes. É fundamental debater os problemas e encontrar soluções, apostando também na formação de novos quadros e preparando-os devidamente para os desafios que a Natureza nos coloca.

Os próximos meses serão um importante teste aos portugueses, à sua capacidade de enfrentar com seriedade este problema e de lhe dar uma solução adequada.

Este ano comprovou-nos que, apesar de muito necessário, não podemos contentar-nos com o mero combate aos fogos, nem mesmo com ações de prevenção (ainda que estas sejam absolutamente essenciais). É preciso ir mais longe e modificar profundamente a política em Portugal.

A legislação neste domínio deve ser uma das mais significativas expressões dessa politica e, neste momento, ela é, não só dispersa, como descoordenada.

  (Artigo de opinião publicado no Diário do Minho de 16-11-2017)

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