Realizou-se no dia 27 de
julho de 2018, no Auditório Municipal de Barcelos, uma sessão sobre a
eletrificação da Linha do Minho, organizada pela Associação de Comboios
do Século XXI (ASCXXI), em colaboração estreita com a Câmara Municipal
de Barcelos, e contou com a presença do ministro das Infraestruturas e
Planeamento (Dr. Pedro Marques), de um representante da Infraestruturas
de Portugal (Eng.º Carlos Fernandes) e de um representante da empresa
Mota-Engil (Eng.º João Borges). A CP, apesar de insistentemente
convidada, não se fez representar por motivo de férias e falta de
disponibilidade de um membro do conselho de administração para se
deslocar ao Norte do país.
A sessão teve muito interesse e participação e foram abordados temas ainda mais vastos do que o anunciado.
Torna-se claro que importa continuar a acompanhar muito de perto os
trabalhos na Linha do Minho, esperando-se que em outubro deste ano
esteja completa a eletrificação de Nine a Viana, dado o bom trabalho
desenvolvido pela Mota-Engil.
Por outro lado, só para o próximo ano teremos a Linha do Douro
eletrificada até ao Marco de Canaveses, se tudo correr conforme o
previsto.
Quanto à Linha Porto-Braga, importa criar, o quanto antes, comboios
rápidos entre as duas cidades, pois neste momento os rápidos começam e
acabam quase todos na estação de Travagem, situada antes de Ermesinde
(para quem parte de Braga).
A complicar todo este tráfego temos ainda o aperto da linha entre
Ermesinde e Contumil, que obriga a diminuir a velocidade dos comboios na
imediação do Porto.
É urgente dobrar a via nestes 7 km de via dupla, pela qual passam comboios vindos de Valença, Braga, Guimarães e ainda do Douro.
Um outro problema, em boa hora abordado no animado debate que
decorreu na parte final da sessão, foi o das passagens de nível no
concelho de Barcelos. É também problema que não pode ser descurado.
Para termos melhor transporte ferroviário de passageiros nestas
linhas é absolutamente urgente obter material circulante de boa
qualidade e em suficiente quantidade, o que atualmente não sucede.
Decorre do que acaba de ser escrito que é preciso dar toda e
constante atenção à circulação ferroviária nesta região, o que terá de
envolver os cidadãos, as autarquias locais que mais sentem estes
problemas, assim como a IP e a CP, sem de nenhum modo esquecer a
responsabilidade do Governo.
(Artigo de opinião publicado no Diário do Minho de 2-8-2018)
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