quinta-feira, 8 de março de 2018

Margarida Vilarinho

Costumamos ser cruéis em relação a quem parte cedo, em relação aquelas ou aqueles a quem a Vida não proporcionou bons e longos anos e ainda carregou, muitas vezes, de tanto  sofrimento e dor.
Lembrar, ter presente essas pessoas é para  todos nós  um dever e para aqueles que professam a fé cristã uma forma de a demonstrar, pois acreditamos que “Vivem”  mesmo não estando ao nosso lado.
Quem chegou a uma idade avançada, e uma idade avançada hoje é mais de 70 anos,   olha para aqueles com quem  conviveu  ou conheceu  e  tem muito que recordar.
Particular recordação  merecem aqueles que utilizaram  o dom da Vida para lutar por um mundo mais justo, por  um mundo melhor. É por isso que vi com muito agrado a evocação feita na 2ª feira, dia 5 de março, a  Margarida Vilarinho que não conheci muito de perto, mas vi  o suficiente , nomeadamente a sua ação na “Civitas Braga”, para ter dela a indicação de um bom caminho na Vida. Pela minha parte só me pesa não ter estado presente.

PS – No domingo passado houve eleições em Itália e interrogamo-nos: como é possível partidos e movimentos que advogam a hostilidade para com os imigrantes terem tanta simpatia, tantos votos?
Ficamos a pensar  na condição humana  e naqueles que pensam  que os outros que se arranjem, pois  o que interessa é o nosso bem estar. E, no entanto, o sofrimento, o abandono de uma qualquer pessoa em qualquer lugar deve ser um grito que nos fere os ouvidos. Por vezes, não podemos fazer muito por eles, mas podemos sempre fazer alguma coisa.
E tudo isto é dito sem esquecer que a Itália e a Grécia não têm lições a receber de  outros países da Europa ( a começar por Portugal) nesta matéria .
Há gente muito boa em Itália!
PPS – Na segunda -feira à noite nos canais de notícias portugueses, nomeadamente SIC, TVI, salve-se a RTP3, a informação e o comentário não incidia sobre as eleições italianas ou o novo governo na Alemanha ou outros  assuntos relevantes. Não!  Benfica, Porto e Sporting, como de costume ocupavam o horário nobe ! E depois queixámo-nos. Porca miséria! 

 (Artigo de opinião publicado no Diário do Minho de 8-03-2018)

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