Depois de meses de seca
(durante este inverno não houve ainda nenhuma cheia nos rios), veio a
chuva. Ontem e hoje (dias 26 e 27 de janeiro de 2017) tem chovido bem.
Que bom! Parece ser este um tema menor para ser tratado num artigo de
opinião, mas não é. A importância da água só é bem apreendida com a
falta dela.
É preciso que chova ainda muito mais, ainda que aborreça. Fui ver no
momento em que escrevo estas linhas a meteorologia e ela anuncia chuva
para os próximos oito dias.
Mas quem se fia nestas previsões? Elas têm falhado tanto! Lembro-me
sempre, nestas ocasiões, de um médico veterinário municipal que
trabalhou em Famalicão que verberava quem dissesse mal da chuva. “Água é
vida”, dizia o dr. Pinguinha com toda a razão.
A chuva alimenta as fontes e armazenamentos de água (especialmente
as barragens) que são tão necessárias para abastecer não só as
populações como para produzir energia elétrica. E como ela é preciosa
para os campos e montes. Já se começava a ouvir dizer que não havia
pasto para os animais, preparando-se os agricultores para pedir ajudas
do Estado.
A chuva é bem-vinda, mas não se pode esquecer os problemas que traz a
quem a sofre. Estamos a pensar a quem trabalha e não tem a proteção
necessária e principalmente nas crianças e estudantes que têm de se
deslocar para as creches e escolas com horários certos. Os
estabelecimentos escolares e pré-escolares devem estar atentos e
preparados para tomar as medidas apropriadas.
As autarquias locais que tratam dos transportes escolares deverão,
por sua vez, ter também ação neste particular domínio para evitar
doenças que podem ser graves se não forem devidamente prevenidas e
tratadas.
Trata-se, é certo, de mais despesas para as freguesias e municípios,
mas isto diz bem da importância destes entes locais que são sempre
chamados a ajudar a resolver problemas das suas populações.
PS , As eleições para o conselho geral da UM já mexem e os meios de
comunicação social vão dando algumas notícias. Será que vamos ter só um
candidato a reitor da Universidade do Minho? Seria uma manifestação de
pobreza da instituição e, já agora, uma grande “seca”!
in Diário do Minho
Sem comentários:
Enviar um comentário