sexta-feira, 16 de junho de 2017

Elogio da ASAE

O cidadão, por definição, não é um súbdito. Tem consciência dos seus direitos. É exigente.
 
Exige que os alimentos, nomeadamente a carne e o peixe, cheguem à sua mesa em condições de serem consumidos com benefício para a saúde.
 
Temos, em Portugal, um serviço denominado Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) que tem por missão (entre outras!) zelar pela qualidade dos alimentos. Bastaria que cuidasse dos alimentos, mas colocaram-lhe em cima ainda outras absorventes tarefas no âmbito da economia e por isso tem um “E” na sigla.
 
A atividade da ASAE tem sido muito divulgada nos meios de comunicação social, dividindo-se a opinião entre aqueles que a aplaudem, por defender a saúde dos cidadãos, e os que a criticam por exagero na sua intervenção e por colocar em risco as empresas que trabalham no setor. 

Pertencemos ao grupo daqueles que consideram da maior importância a atividade de um organismo como a ASAE e defendem que ela deve ser muito eficaz, dentro da lei.  Repare-se que muitas vezes, na ânsia do lucro, ou para evitar prejuízos, se lançam produtos no mercado que nunca deveriam ser consumidos.

Temos tendência para não dar o devido apoio a estes organismos de inspeção, mas uma sociedade devidamente organizada não dispensa esta ação fiscalizadora de modo competente, contínuo  e qualificado.  Não sabemos se os recursos humanos  da ASAE  são suficientes. Tentaremos saber.
 
PS.1 – Aproveitem enquanto é tempo o cheiro das flores de tília neste mês de junho de 2017. Costumo apreciar mais à noite porque ando habitualmente a essa hora na cidade onde moro, mas dizem-me que, de manhã,  ainda é melhor.
 
PS.2 – Ainda ando às voltas com a Meo, apesar de esta ter reconhecido o erro que cometeu.
Mas hoje o que venho dizer é isto que me espantou. Como sabem, depois de qualquer contacto fazem-nos duas perguntas, sendo a segunda sobre a qualidade do serviço, perguntando-nos se recomendaríamos a Meo. A resposta é de 1 a 10 sendo naturalmente o 10 a nota de completa satisfação. O que não é natural nem normal é saber (lemos isso!) que até 6 qualquer resposta é negativa e que 7 e 8 não são apreciação positiva ou negativa (neutro).  Apenas 9 e 10 são respostas positivas que podem beneficiar os funcionários que avaliamos. Que desfaçatez e falta de respeito por nós, que somos enganados, e pelos trabalhadores da MEO que são prejudicados!


(Artigo de opinião publicado no Jornal «Diário do Minho» de 16-06-2017)

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